Todos em suas casas
Recolhendo seus trapos
Vindos do cansaço...
Da rotina.
Dias em mesas
Recheadas de banquetes
Cantando em prosas
Versos repetidos.
Saúde à vida que se resume
Em passagens quase sempre parecidas.
De canções antigas
E já quase esquecidas.
Tenho um segredo na palma da mão.
Descobri as estrelas sem ir aos céus.
Capturei os sons no silêncio
E em doces memórias.
Louco que seja a loucura sublime.
O gesto fato.
Pureza clara
Em pratos limpos.
Eis tudo o que não é
Diante de tudo o que é.
Desoxigene-se.
Precisará de ar no mergulho.
Riva Moutinho 06/03/2014