INFINITO DE MIM Nº 2


Um pouco de dose lunar
Pra salvar o tempo e a ferida que dói,
Sensíveis ao frescor dos sentidos
Que pairam em brisas ríspidas.

Ninguém é propriedade de outro alguém.
O amor não é um selo que se compra
A fim de encontrar sua carta própria,
Gastando tempo discutindo por pouco.

Dirijo meu carro por ruas que nunca andei,
Acreditando que há pouco tempo para perceber
Que o simples é tão puro e ingênuo
E a beleza está onde olhos ainda não viram.

Veja a dependência química da ordem pelo caos
De onde menos se espera vem a pancada.
No lado mais fraco do ser,
Na incapacidade humana de prever.

Uma dose estrelar
Em uma nebulosa distante
Formada por sonhos que partiram
Ou que simplesmente o destino quis diferente.

A estrada passa rápido quando a observamos.
E o hoje é um ontem esquecido
Como palavras escritas em papéis virtuais
Sobre o balcão de um lugar qualquer.


RM 17/08/2011