Um pouco de dose lunar
Pra
salvar o tempo e a ferida que dói,
Sensíveis
ao frescor dos sentidos
Que pairam em brisas ríspidas.
Ninguém
é propriedade de outro alguém.
O
amor não é um selo que se compra
A
fim de encontrar sua carta própria,
Gastando
tempo discutindo por pouco.
Dirijo
meu carro por ruas que nunca andei,
Acreditando
que há pouco tempo para perceber
Que
o simples é tão puro e ingênuo
E a
beleza está onde olhos ainda não viram.
Veja
a dependência química da ordem pelo caos
De
onde menos se espera vem a pancada.
No
lado mais fraco do ser,
Na incapacidade
humana de prever.
Uma
dose estrelar
Em
uma nebulosa distante
Formada
por sonhos que partiram
Ou
que simplesmente o destino quis diferente.
A
estrada passa rápido quando a observamos.
E o
hoje é um ontem esquecido
Como
palavras escritas em papéis virtuais
Sobre
o balcão de um lugar qualquer.
RM 17/08/2011