Todos
estão parados em si
Aguardando
por um pouco de carinho e atenção.
Todos
estão vendo somente a si
E
lamentando o que o dinheiro pode comprar.
Caminhei
várias léguas
E entre
abismos vi o quanto somos o que não somos,
O
quanto queremos, apesar de não repartirmos,
O
quanto vivemos no amargo chão da ilusão.
A
morte é a única certeza que a vida proclama,
Mas
muitos dão mais valor ao ego do que a paz
Vivendo
atrás de coisas que o vento destruirá,
Ou
atrás de momentos que a vida não se lembrará.
Todos
querem alguém para fazê-lo feliz.
Mas
muitos querem o que não conseguem dar
No
fim, todos buscam ter o que não têm,
E não
se encantam mais com a simplicidade.
Cada
um em meio as suas competições,
Crendo
na realidade que lhe traga algum bem.
A ilusão
se vestiu de verdade
E
assim todos fingem viver contente.
Até
quando a hipocrisia será a verdade?
Até quando
viveremos essa apatia?
Morremos
na inércia dos sentidos e dos pensamentos
Assassinando
cada dia sem qualquer remorso.
Não crie
uma ameba na mente.
Pensar
é algo muito sério.
Liberta
almas
E te
faz melhor pra vida.
O
futuro não é tão certo quanto o seu presente
Lembre
disso no próximo amanhecer.
Assim,
talvez perceba que a ignorância é a mola
Que
impulsiona a maldade.
Seu
rosto em algum dia será passado
Mas suas
idéias permanecerão como uma brisa suave.
Tente
não esquecer que o conhecimento é a base da sabedoria,
No
entanto, apenas um deles se adquire.
Os
dias serão de sol e de chuva,
Tempestades
e bonanças surgirão.
Algumas
coisas fazem parte da vida
Deixar
de crer nisto é alimentar um engano.
Muitos
observam apenas o que outros possuem,
Mas o
valor está no que carregamos no peito.
Não
se venda nas encruzilhadas da vida.
Se
comprarem sua consciência, terão também seu coração.
E lembre-se
sempre de voltar ao início,
À
simplicidade e a beleza daquilo que não é observado
Talvez
em algum momento você se lembre que tudo o que há,
Inclusive
você e eu, são partes de uma maravilhosa e findável vida.
BH 15/07/2008