Um
dia ele nasceu
E
ninguém percebeu
Que
aquele menino
Era
apenas mais um anônimo
No
meio de uma multidão
Que
só demonstra ingratidão
Para
com o seu Criador,
Não
reconhecendo que a dor
É
tão necessária quanto o riso.
Um
dia ele começou a escrever,
Descobrindo
assim como sobreviver
Em
meio a percepções pouco comuns
E
uma lógica condenada pela moral.
Entendendo
que o espinho é tão importante
Quanto
a ternura de uma brisa constante
Num
fim de tarde quente
À
beira mar.
Um
dia ele morreu
E
ninguém percebeu
Que
aquele homem era apenas um menino
Sentindo
a ternura dos espinhos
Que
lhe marcaram a alma,
Que
o fez se perder na pseudo calma
E na
loucura de não conseguir explicar
Razões
que o fez criar
Um
anjo triste para simbolizar
Tudo
aquilo que não conseguia racionalizar.
Pelas
janelas dos sentidos vagam agora seus sentimentos,
Ao
alcance de qualquer pensamento...
BH, 09/06/2012