Zé
Alfredo era o maioral
Fazia
tudo e não se dava mal
Seu
carro sempre do ano
Várias
garotas em seus planos.
Nunca
o vi infeliz
Só
bebia pra se divertir
E
neste carnaval
Vamos
curtir no Farol.
Mas
alguma coisa o fez mudar
Seus
olhos diferentes
Nos
dizia a todo instante
Que
ele encontrou algum coração pela frente.
Zé Alfredo
mudou
Nunca
mais ligou
Deixou
as festas de lado
E o
que era bom começou a dar errado.
Deixou
a barba crescer
Bebia
mais do que antes
Aprendeu
a fumar
Trocou
a cidade pelo mar.
No
escuro da noite
Sozinho
e embriagado.
Chorou
ao perceber
Que
mesmo a imensidão do mar
Respeitava
sua simples pequenez.
Zé Alfredo
escreve livros e histórias que ninguém lê.
Abril e Maio/2012