Quem fica sentado por muito tempo morre mais cedo?

Sim. Pelo menos é o que dizem alguns estudos recentes. Problemas de postura e dores nas costas ficam pequenos perto dos riscos apontados pelos pesquisadores. De acordo com uma pesquisa publicada na revista científica Medicine & Science in Sports & Exercise (Medicina e Ciência nos Esportes e Exercícios), repercutida pela revista Galileu, passar a maior parte do dia na cadeira aumenta em 54% as chances de um ataque cardíaco.

Segundo a organização Medical Billing & Coding, quem fica sentado por 6 ou mais horas por dia tem chance 40% maior de morrer nos próximos 15 anos do que quem fica menos de três horas por dia nessa posição. No infográfico cujo título é “Sentar está matando você”, há muito mais dados assustadores. Diz que sentar também nos faz mais gordos: gastamos apenas 1 caloria por minuto, enquanto a porcentagem de enzimas que ajudam a quebrar a gordura caem 90%. Depois de duas horas na cadeira, a taxa de “colesterol bom” fica 20% menor. E mais. Fazer exercícios físicos no tempo livre não nos livra do problema. Aqueles 30 minutos de esteira pela manhã? Esqueça, não é o bastante.


Quem trabalha em escritório dificilmente escapa da rotina de ficar sentado por pelo menos 6 ou 8 horas todos os dias. No infográfico há essa constatação, arrematada pelo seguinte: “continuar sentado fora do trabalho é que torna o problema letal.” Se ainda estamos longe de adotar uma nova forma de trabalho (pelo menos enquanto os computadores de mesa forem comuns em escritórios), vale adotar alguns comportamentos para minimizar os riscos.

O primeiro e mais fácil é levantar da cadeira sempre que for possível. Em uma série de dicas publicada no site da revista americana Inc., o conselho é para que os intervalos aconteçam a cada 15 minutos… Ah, e não é só levantar. A orientação é para fazer alongamento, andar mais rápido e fazer polichinelo (se ninguém estiver olhando, claro).

Para quem não precisa ficar preso ao computador, vale trocar as reuniões em volta da mesa, com todo mundo sentado, por passeios, a pé, ao ar livre. A ideia já é adotada por executivos que acreditam que, dessa forma, os encontros acabam mais rápido. Agora sabemos que faz bem para saúde também. Para quem está realmente empenhado em cuidar do corpo (ou ficou tremendo de medo dos riscos), a proposta mais ousada é trabalhar em pé, andando ou sobre uma esteira. Os tablets podem ajudar nessa tarefa. A dúvida é: quem tem coragem (e disposição) para ficar se mexendo enquanto escreve um relatório?