APENAS AGORA

Satélites novos na órbita terrestre.
Verei coisas que não via antes.
O mundo muda e preciso me adaptar
Você se foi sem se quer me explicar.

Lembro das tardes que passamos juntos
Ouvindo Legião em walkman que não existe mais.
Fitas cassetes que o tempo esqueceu
Assim como aquele tempo que a vida escolheu.

Vivemos o bom e o desperdiçamos
Sempre achamos que não está tão bom assim.
O tempo passa e se percebe
Que se viveu o que era bom, idiota demais para entender.

Vou virar a fita e falar coisas diferentes
Mas quem entende o que a vida vive?
Quem entende que sou tão diferente de você
Quanto sou tão igual a outro alguém?

Equilíbrios que não se equilibram,
Labirintos que não saímos,
Música que não dançamos,
Festa que cancelamos.

Desertos de ocasos... acasos...
Infinitos meu e seu...
Estado, coincidência, irrelevante.
Presente, passado, futuro.

Agora... Sirva-se.

Riva Moutinho 22/05/2011