
Estou contando os dias
Entre todos os dias que não existem para lembrar
No meio de tudo aquilo que poderia existir.
No curto intervalo de tempo entre a realidade e a ilusão.
Dirijo meu carro na contra-mão,
Escalo montanhas pra me desafiar
Me atiro no meio do nada pra mostrar que não preciso provar,
Nem mesmo pra mim, o que penso sentir.
Não sei quando a loucura passou a ser mais provocante que a realidade
Sei apenas que o tempo passa
Tão rápido que a gente não consegue perceber
Que entre todas as aventuras, há aquelas que congelaram no tempo.
Amigos se foram... Amigos vieram...
Abraços amargos... beijos não dados...
Na magia de ter a estrela que se perdeu
Não se pode encontrar quando a si mesmo se perdeu.
Às vezes falo coisas sem nexo
Pra quem procurar entender este é o fim,
E entre tantas letras o que existe é apenas terapia
E uma eterna vontade de receber a cura após o ponto final.
Estou tentando apenas seguir os passos
Estou tentando ser o que melhor posso ser
Passando os dias tentando entender
A lógica de uma falta de senso desumana.
Estou contando os dias do fim
Talvez na crença da idiotice que possa ser melhor
Viver lá o que aqui não foi possível estabilizar.
Estabilizar o que a fé apenas acreditou.
BH 13/10/2008