
Apaguem as luzes ao sair por último
Neste caminho que seguem as circunstâncias vitais
Infelizmente, todos os dias, este ácido fórmico
Tem estado na minha carne.
Quero aprender a me proteger
Mas meus músculos se preenchem com ácido láctico.
Tento a cada dia caminhar na direção certa
Mas nem sempre tenho mapa ou bússola.
Já limpei minhas feridas com orto hidróxi benzóico
E não há pus... não está viva
E algumas marcas ficaram
Para lembrarem da intensidade da dor
O acidulante sempre foi notado
Ingerido, às vezes, em doses exageradas
Mas cada caso é um caso
Onde todos formaram lições.
Sempre é um passo após o outro
E um dia subseqüente do outro
E se há sonhos que se sonham a dois,
O que fazer se um acordar primeiro que o outro?
Preciso de aditivos.
Por favor, um volume considerável.
Injete epinefrina.
Estou precisando terminar a semana e o resto da minha vida.
Cadeia para os agentes irritantes
Enquanto preciso de mais um copo de água mineral bicarbonatada.
Ainda tenho que engolir certas substâncias inorgânicas.
É uma pena não submergirem em lugares escusos.
Saco de podridão contaminador
Egoísmos egocêntricos, inconformismos, indiferenças, rejeições, traumas
Puxe de dentro a langanha triste que inunda seu interior.
Atire para bem longe; para onde, nunca mais, possa ser alcançada.
Estou buscando viver,
Mas não se preocupe... Ainda respiro aerobicamente.
Riva Moutinho 03/11/2004