A BRASÍLIA DA TRAGÉDIA HUMANA BRASILEIRA

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Poderia ser apenas uma vítima fatal... e já seria muito.

Infelizmente, acidentes acontecem e não hã como, humanamente, impedir. O máximo que podemos fazer é precaver para que o remédio seja usado apenas em caso de acidente mesmo; mas em se tratando do Governo brasileiro o remédio é sempre tomado em doses cavalares, na tentativa desesperada de remendar o estrago realizado pelo descaso.

Vivemos um período em que o Brasil se transformou numa República Federativa de Palhaços Engravatados, onde assumem suas cadeiras na capital do país para planejarem a próxima maneira de levar vantagem.

Vivemos um período em que o Brasil se transformou numa República Federativa de Tabajaras, onde a incompetência e a ineficiência caminham como amantes no cio concebendo, de tempos em tempos, um novo feto de um caos que tem, entre tantos malefícios, matado seres humanos.

Na República Federativa dos Companheiros há muito dinheiro para se criar novos Ministérios e centenas de cargos comissionados, mas não há grana para promover o, sincero, bem-estar do povo. Isso porque a Cadeira Presidencial da Estrela recebe até 30% arrancados obrigatoriamente dos salários das outras “estrelinhas” que ocuparam os cargos criados.

É a forma de se manter no poder, motivado pela ganância, arrogância, presunção, cobiça... Numa guerra entre pseudos representantes do povo que se interessam mais com as cifras, status e poder que ganharão do que na simples ação de servir.

Cento cinqüenta e quatro brasileiros morreram em pleno ar, tendo seus corpos mutilados, queimados, lançados pelos ares numa floresta. Não vi a Justiça fazer justiça e ainda tive que agüentar uma Ministra da Estrela dizer a todos nós para “relaxar e gozar”. Pensei em presenteá-la com um objeto ao qual ela poderá fazer isso consigo própria sempre que desejar.

O caos que nós, brasileiros, vivemos nos aeroportos não teve por parte de qualquer governante nenhuma medida que fosse eficaz e que solucionasse o problema. Antes permanecemos a mercê de um sistema aéreo duvidoso e de um comando aéreo incompetente.
Mais de duzentos, outros, brasileiros morreram numa temperatura de 1000ºC. Nenhuma autoridade teve coragem ou foi homem suficiente de colocar a cara na TV, ao menos pra lamentar o ocorrido. O primeiro pronunciamento veio de alguém de fora do país e por incrível que pareça da Argentina.

Na República Federativa da Língua Presa, a mão é solta para corrupção e a mente cavalga na certeza da impunidade. Um descanso eterno para o planejamento da perpetuação do poder.

Poderia ser apenas uma vítima fatal... e já seria muito.

Mas por aqui morre, diariamente, mais gente do que no Iraque por causa do tráfico de drogas, roubos, seqüestros, tiroteios... A saúde daqui mata brasileiros que poderiam estar ainda respirando o mesmo ar que eu e você, mas que por falta de vagas em algum hospital sucumbiu a míngua, apesar do Governo da Estrela ter recebido mais de R$ 18 bilhões através do imposto CPMF até hoje.

Na República Federativa da Mão Leve, o cargo de Ministro da Defesa é ocupado por alguém passivo, sem voz ativa, sem dinamismo, sem competência sequer para chefiar seus subordinados, mas que permanece em seu posto mesmo depois de tantos fatos graves ocorridos.

São várias as vítimas da incompetência do Governo que aí está. Quantos mais de nós terão que morrer para que a inércia seja aniquilada de Brasília e dos demais escritórios espalhados por este país e que possuem o poder de realizarem uma atitude e modificar nossa realidade.

Eu ou você poderíamos ser hoje apenas nomes de uma lista de vítimas de alguma tragédia provocada pela ineficiência dos Engravatados do Planalto Central. Mas não somos. Que tenhamos a coragem de termos atitudes de exigirmos respeito deste Governo e não apenas ficarmos olhando o que acontece e, simplesmente, alimentar a estatística e voltarmos a normalidade da vida.

Que cada brasileiro morto nestas tragédias seja um mártir de uma revolução que se inicie, interiormente, em cada um de nós e exploda em atos e ações.

BH, 18/07/2007