PRAGA "GENÉTICA"


Num mundo primitivo, o ser homem aprendia com o seu Criador a governar um mundo ainda simples: um jardim. No entanto uma ínfima parte da “genética” humana foi instigada a surgir pela primeira vez. Disse o Criador ao homem: “Da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás o seu fruto.”

Sábia serpente! Com tão pouco tempo de convívio percebeu que a “genética” má do homem já era um feto saudável, pronto para surgir em todo o seu primitivo resplendor: “Certamente não morrerás se comeres deste fruto.” “Quando comeres serás iguais ao teu Criador.” Que argumentos! Que tentação!

O fruto poderia não ser tão apetitoso quanto uma maça ou nem tão esquisito quanto uma jaca. Mas o que enfeitiçou a mulher que ouvia aquelas palavras foi a sensação do poder, a sensação da possibilidade de estar acima de qualquer outro ser. E o “gene” da maldade criou vida no encontro dos dentes com o fruto.

Sentenciado ao trabalho e a dores de parto pelo próprio Criador, o casal primitivo foi expulso do seu mundo passando a viver num novo mundo: Caótico, sem leis.

Milhões de anos se passaram e a mesma praga “genética” se mostra cada vez mais disseminada. Por mais medíocre que seja a forma do poder, o homem se vende, se corrompe. No entanto, o estranho mundo primitivo caótico também se modernizou, bem como todos os métodos de se adquirir poder, influência, status.

O germe “genético” presente em todo ser aeróbico também se fortaleceu, aprimorando sua falta de senso, de sinceridade, de caráter, de personalidade.

Inexplicavelmente alguns seres desenvolveram “glóbulos” capazes de proibir a proliferação deste germe: Loucos. No mundo atual, eles são desconhecidos, vivendo a margem da sociedade por não pactuarem com esquemas. São seres estranhos por, simplesmente, tentarem expressarem e viverem uma realidade, ao invés da matrix idealizada pela cobiça, luxúria, egocentrismos e vaidades.

Afinal, quem é você?

BH 19/11/2006